terça-feira, julho 25, 2006

Sina...


Apenas eu permaneço, aqui, com paisagens excessivamente quentes, corredores vazios e silêncios vigiantes, cumprindo esta pena prolongada por um crime que não cometi e não protestei.

terça-feira, julho 18, 2006

Encontro

Trocas desesperadas
Entre silêncios abandonados.
Singelos.
Coisas poucas,
Quase nada.
Aragem dispersa.
Ausência entre duas margens
Que se tocam e provocam,
Sem pressa.
Existências semeadas
Sobre medos paralelos.
Cala-se o tempo.
Perde-se o amanhecer
No teu cabelo,
E antes que saia de mim
A madrugada,
Num súbito instante
sou e sucumbo.
Inquieto o mar em mente,
Desperto o mar em prazer.
Violo impunemente
As aparências.
Consolo o calor e canso a calma.
Abandono a minha imagem
Na areia morta da praia.

sexta-feira, julho 14, 2006

Simplicidade


Simplesmente amar
Enquanto o céu vai mudando de paisagem e de lugar.
Enquanto a noite vai mudando de luar.


sexta-feira, julho 07, 2006

Beira-mar

Mar alto com maré baixa
Quando foi que te avistei?
Pressenti a minha vida
E na terra naveguei
Com noites abri a ferida
E com sonhos a curei.

Bálsamo calmo e vazio
Presença de um sol esquecido
Gelo frágil, só e frio
Cura da noite a lembrança
Lamento de um barco perdido
A paga a lenta esperança.

Visão que se apaga e repete
Repartindo o nevoeiro
Entre a planície e a serra.
A lua perdida das estrelas
Encontra por fim o veleiro
Que sem velas e sem lume
Promete ancorar na terra.

terça-feira, julho 04, 2006

O meu coração


O meu coração é um emaranhado de raízes a amanhecer.
(Aparte: Parabéns Rita!!!!:))