terça-feira, abril 28, 2009

Manhã

"Estou
e num breve instante
sinto tudo
sinto-me tudo

Deito-me no meu corpo
e despeço-me de mim
para me encontrar
no próximo olhar

Ausento-me da morte
não quero nada
eu sou tudo
respiro-me até à exaustão

Nada me alimenta
porque sou feito de todas as coisas
e adormeço onde tombam a luz e a poeira

A vida (ensinaram-me assim)
deve ser bebida
quando os lábios estiverem já mortos

Educadamente mortos"


Mia Couto em
Raiz de Orvalho e Outros Poemas

domingo, abril 26, 2009

Só mais um pouco de espera...

terça-feira, abril 07, 2009

Respiração mental

Poder saber de onde vem a ansiedade que se vai intrometendo entre os impulsos já mecanizados da respiração. E de repente sei que respiro e questiono o ar que de novo entra em mim: "por onde andaste e que outros seres percorreste já, para me fazeres sentir assim?"

sexta-feira, abril 03, 2009

Quando não oiço...

O "meu" "outro" "amor" está calado.
Demasiado calado.